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Sabado, 27 de Setembro de 2025

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Dez anos sem casos de raiva: Porto Grande celebra 100% de cobertura vacinal

Secretário de Saúde relembra o esforço das equipes de vigilância e convoca população para complementar imunização de pets

Dez anos sem casos de raiva: Porto Grande celebra 100% de cobertura vacinal
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Em Porto Grande, o secretário municipal de Saúde, Jefferson Oliveira, trouxe alívio e confiança ao anunciar que o município alcançou 100% de cobertura vacinal contra a raiva em seus distritos e zona urbana. Segundo ele, há uma década o país não registra casos humanos da variante canina da doença — o que, ressalta, reforça a importância do trabalho contínuo de vigilância e imunização.

Oliveira atribui o resultado ao esforço conjunto das equipes de saúde e da vigilância sanitária, que promoveram uma busca ativa casa a casa nos bairros e distritos. “Visitamos residências, mobilizamos moradores, fizemos cronograma nos distritos. Graças a esse empenho chegamos à meta”, disse. Para ele, o trabalho só será encerrado com o engajamento de toda a população: “Quem ainda não vacinou seu animal de estimação deve procurar a Secretaria de Saúde, em frente à escola Acre, para agendar o atendimento.”

Embora o Brasil esteja há cerca de dez anos sem registros de raiva humana transmitida por cães — um dos ciclos mais conhecidos da zoonose —, é importante destacar que os registros em humanos decorrentes de outras variantes, como morcegos, ainda ocorrem em algumas regiões. As campanhas nacionais de vacinação canina e felina, aliadas ao monitoramento de casos em animais, têm sido fundamentais para a contenção dessa doença quase sempre fatal.

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A raiva é uma zoonose que atinge mamíferos e, quando transmitida ao ser humano, causa lesões no sistema nervoso central com letalidade próxima de 100%, caso não tratada a tempo. A forma mais comum de transmissão é por meio da saliva de animal infectado, geralmente via mordida, arranhadura ou lambedura em mucosas ou feridas abertas. Por isso, vacinar cães e gatos é uma medida essencial de proteção individual e coletiva.

No contexto amazônico, onde há maior diversidade de ambientes naturais, a vigilância precisa ser redobrada. Em regiões de difícil acesso, as autoridades de saúde recomendam estratégias especiais, inclusive a vacinação pré-exposição em populações vulneráveis e distantes. O Brasil, por meio de diretrizes do Ministério da Saúde, vem estimulando esse tipo de ação para prevenir casos decorrentes de morcegos hematófagos, considerados reservatórios da variante silvestre do vírus.

Em Porto Grande, a Secretaria de Saúde reforça que vacinação antirrábica é gratuita e está disponível para todos os animais suscetíveis. A meta é manter a imunização ao longo dos anos, ainda que nenhum caso humano tenha sido observado recentemente. O apelo final das autoridades é claro: proteger os animais de estimação é proteger as pessoas — e só com imunização em massa mantida será possível manter a raiva longe do município.

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Genesis Comunicação

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