A Prefeitura de Laranjal do Jari participou do encontro no auditório do Fórum do município, reunindo juiz da comarca, promotores, gestores escolares, pedagogos, técnicos da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e membros do Conselho Tutelar. A pauta incluiu infrequência escolar, baixo rendimento dos alunos e outros desafios do sistema educacional local. A ideia central é reforçar que somente por meio da articulação entre agentes das diversas instituições será possível avançar rumo a uma educação transformadora e construir um município promissor.
Laranjal do Jari enfrenta índices que preocupam: embora o Ideb mostre desempenho em anos iniciais do ensino fundamental relativamente aceitável, há queda significativa nos anos finais e no ensino médio. A aprovação escolar flui com certa regularidade, mas muitos estudantes deixam de matricular-se ou frequentar as aulas em etapas mais avançadas, o que compromete o aprendizado continuado. Composição socioeconômica, distâncias entre comunidades, transporte e infraestrutura escolar insuficiente figura entre os fatores que dificultam assiduidade e rendimento.
Outra frente de preocupação é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), cuja oferta recuou, enquanto a evasão nessa modalidade cresceu. Ações recentes mostram que não faltam iniciativas. O município vem sendo beneficiado por programas estaduais e federais de construção e reforma de escolas, com investimento considerável que deve atender cerca de dois mil estudantes com melhorias de infraestrutura. O FNDE retomou obras inacabadas, trazendo esperanças de escolas mais adequadas. Além disso, há esforços de recomposição de aprendizagem após os impactos do período de aulas remotas, em cenário de pandemia, com trabalho entre SEMED e Estado para mapear déficits de aprendizagem.
A reunião no fórum evidencia que autoridades locais compreendem que não basta investir em edifícios e obras; é preciso revisar ações pedagógicas, fortalecer a formação dos professores, diversificar metodologias de ensino, bem como contar com acompanhamento judicial e do ministério público para assegurar que políticas públicas sejam efetivas. Conselhos tutelares também passarão a atuar com maior articulação para identificar casos de abandono ou de frequência irregular, oferecendo rede de proteção social que apoie famílias.
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