Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) está praticamente confirmado para o comando do Senado a partir de fevereiro de 2025. Ao atrair para sua órbita as maiores bancadas da respectiva Casa, esvaziou as candidaturas de seus adversários e consolidou um cenário que deve se manter inalterado.
Favorito desde sempre, Alcolumbre não encontrou resistência. Sem adversário à altura, costurou pelas bordas com o apoio do PDT, PSB e PP até selar o seu destino com o embarque do PT, PL e PSD –a última, a maior bancada da Casa, aderiu à Alcolumbre à revelia de Eliziane Gama (PSD-BA), que anunciou uma pré-candidatura natimorta.
O senador Davi Alcolumbre seguiu majoritariamente o posicionamento do governo Lula nas votações feitas durante o 3º mandato do petista. O congressista repetiu o voto do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), em 55 das 68 análises nominais – quando há registro individual aberto– em que ambos votaram em 2023 e 2024.
O governismo de Alcolumbre se mantém nas propostas consideradas relevantes pelo Planalto. Foram analisados 17 projetos considerados mais importantes para o governo: o senador votou com Lula em 12 –ou 71%. Dentre as propostas que o senador chancelou estão projetos da pauta econômica, como a reforma tributária –a principal vitória do governo no Legislativo– e o arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos.
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