Atendendo à solicitação da deputada Telma Nery (Cidadania), a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) realizou, durante a sessão ordinária desta terça-feira (18), a entrega de uma moção de solidariedade aos familiares da amapaense Maria de Fátima Nunes Diniz, em memória dos 40 anos de seu falecimento. A jovem foi vítima de feminicídio em 23 de fevereiro de 1985.
Maria de Fátima, universitária e eleita Miss Amapá em 1982, foi brutalmente assassinada aos 20 anos de idade. Em 2016, foi criado o Abrigo Fátima Diniz, um espaço de acolhimento provisório (por até 90 dias), sigiloso e destinado ao atendimento de mulheres e seus filhos (de 0 a 12 anos) em situação de violência doméstica e familiar, com risco de morte. O abrigo oferece serviços psicossociopedagógicos, promovendo o resgate da autoestima, o fortalecimento emocional, a autonomia, o rompimento do ciclo de violência e a garantia de direitos.
O irmão da vítima, João Américo Nunes Diniz, a sobrinha, Julyana Martins Diniz, e a cunhada, Márcia Marques Martins Diniz, receberam a moção de solidariedade das mãos da deputada Dayse Marques, que representou Telma Nery na ocasião.
Bastante emocionada, Márcia Marques Martins Diniz usou a tribuna da Casa para agradecer a homenagem. “Nós, mulheres, devemos sempre levantar essa causa. O feminicídio não é algo do passado. Atualmente, muitas mulheres são vítimas dessa violência. Eu, como cunhada, sofri juntamente com meus sogros, que já são falecidos, além do meu marido e dos irmãos da vítima. Devemos sempre lembrar dos familiares que ficam, sofrendo com a dor e a saudade, que não diminuem com o passar dos anos”, destacou.
A presidente da Alap, deputada Alliny Serrão (União Brasil), reforçou o compromisso da Assembleia no combate ao feminicídio. “Venho me solidarizar com a família e dizer que a Assembleia Legislativa trabalha arduamente para fortalecer as políticas de enfrentamento ao feminicídio. Esse é um problema que, infelizmente, ainda é uma dura realidade no nosso país. Precisamos atuar diariamente para reduzir esses índices, principalmente no Estado do Amapá. A Casa tem trabalhado por meio de proposições e campanhas, fortalecendo essa luta. Acreditamos que uma política firme e com punições efetivas pode inibir essa prática no Estado”, finalizou.
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