O Senado Federal deu início à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, com o objetivo de investigar a atuação de facções criminosas e milícias em todo o Brasil. A leitura do requerimento foi realizada pelo presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), na terça-feira (17), durante sessão plenária.
A proposta da CPI foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e conta com o apoio de 31 senadores. A comissão terá 11 membros titulares e 7 suplentes, com prazo de funcionamento de 120 dias e limite de despesas de R$ 30 mil. O foco será apurar como as organizações criminosas operam, de onde vêm seus recursos, como se estruturam e qual o grau de infiltração que possuem em comunidades, instituições e até mesmo em órgãos públicos.
O senador Alessandro Vieira destacou a gravidade do problema e a necessidade de uma atuação investigativa do Poder Legislativo. Ele afirmou que o crime organizado se estruturou como um grande negócio ilícito, com atuação dentro e fora dos presídios, ampliando sua influência sobre comunidades inteiras e até sobre agentes públicos.
A instalação da CPI do Crime Organizado é vista como um passo importante no combate às facções criminosas que têm aumentado sua presença em diversos estados, impactando a segurança pública e a economia do país. A expectativa é que, após o recesso parlamentar de julho, a comissão seja oficialmente instalada e inicie seus trabalhos de investigação.
A criação da comissão é uma resposta à crescente preocupação com a violência e a atuação de organizações criminosas no Brasil. Com a instalação da CPI, o Senado busca aprofundar a apuração sobre o funcionamento dessas organizações e propor medidas legislativas para o combate mais efetivo ao problema.
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