A Prefeitura de Laranjal do Jari, por meio da Secretaria Municipal de Governo, convocou nesta semana uma reunião com os moradores da comunidade de Samaúma para discutir o futuro do Complexo Turístico local. O encontro teve como principal objetivo definir regras de uso sustentável para o espaço, assegurando organização tanto para visitantes quanto para empreendedores e moradores, ao mesmo tempo em que preserva as riquezas naturais e culturais da região.
A região de Samaúma integra o mosaico de atrativos naturais de Laranjal do Jari, que vêm atraindo olhares no Amapá como destino para turismo de natureza. Comunidades ribeirinhas, quedas d’água, trilhas na floresta, praias fluviais e interação com a vida local são parte dos apelos turísticos do município. A comunidade Samaúma, inserida nesse cenário, possui potencial para abrigar estrutura de apoio ao visitante, comércio local e atividades de ecoturismo.
Durante a reunião, foram debatidas propostas como zoneamento interno no complexo, definição de horários de visitação, regras para instalação de barracas de artesanato e alimentação, e critérios para concessão de pequenos empreendimentos turísticos. Também estiveram em pauta questões relativas à infraestrutura — por exemplo, pontos de energia elétrica, sanitários, sinalização e acesso — e medidas de controle ambiental para evitar degradação de margens, matas e cursos de água adjacentes.
A administração municipal apontou que a iniciativa representa preparação para responder ao aumento de fluxo turístico registrado nos últimos anos. Laranjal do Jari tem investido em infraestrutura turística e aparece como “emergente” no mapa estadual do setor. Recentemente, o município passou a receber certificações que o inserem em rotas turísticas nacionais, ampliando as possibilidades de investimentos federais para fortalecer o turismo local.
Moradores levantaram preocupações quanto ao impacto das visitações, como acúmulo de lixo, transtornos na vizinhança, e risco de alterações na rotina tradicional. Por outro lado, muitos viram na medida oportunidade de renda extra e valorização cultural local. A mediação entre visão comunitária e planejamento público torna-se essencial para que o modelo adotado não gere danos ambientais nem conflitos sociais.
Autoridades municipais destacaram que o momento serve para que a população participe do projeto desde seu início, colaborando com sugestões e definindo o modelo de gestão participativa. A expectativa é que, após a fase de consulta e deliberação, seja elaborado um plano diretor para o complexo — documento que norteará a ocupação, preservação e atividade econômica no local.
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