Na manhã de segunda-feira, 29, o governador Clécio Luís fez uma agenda técnica estratégica no estado do Rio de Janeiro, com passagem destacada pelo Porto de Niterói, instalações acadêmicas da PUC-Rio e encontro institucional na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O objetivo declarado da comitiva amapaense é absorver experiências e captar parcerias inovadoras para impulsionar o desenvolvimento energético e portuário no Amapá, especialmente com vistas à exploração da Margem Equatorial.
No Porto de Niterói, o governador conheceu de perto os terminais operados pelo Grupo Shore, referência nacional em base offshore e operações integradas. O grupo reúne empresas como a Nitshore — responsável pela gestão do Terminal 2 — e a Nitport, especializada em movimentação de cargas e armazenagem.
Durante a visita, foram apresentados os fluxos logísticos, instalações portuárias, operações de tancagem, abastecimento, gerenciamento de resíduos e reparos navais, além dos sistemas de segurança e infraestrutura de cais e armazéns.
A comitiva amapaense buscou entender como esse modelo privado funciona em termos operacionais e institucionais, com vistas a replicar parte das soluções no Amapá.
No campus da PUC-Rio, Clécio e sua comitiva foram recebidos pelo reitor Padre Anderson Pedroso, pelo diretor do Instituto de Energia (IEPUC), professor Eloi Fernández, e equipe técnica. O IEPUC, criado em 2003, adota uma abordagem interdisciplinar nas áreas de energia, regulação, projeto e inovação, envolvendo temas como petróleo, gás, eletricidade, energias renováveis e eficiência energética.
O instituto atua ainda como secretaria executiva do comitê brasileiro de padronização na área de petróleo e gás (ABNT/CB-050), alinhado a normas internacionais para a indústria. Em interlocução com a comitiva, foi discutida a implantação de uma planta experimental de “múltiplas fontes energéticas” no Amapá, capaz de integrar energia solar, gás, baterias e outras matrizes numa unidade híbrida.
No encontro presencial com o diretor-geral da ANP, Artur Watt, tratou-se de normas regulatórias, licenciamento, requisitos técnicos e a preparação institucional necessária para viabilizar operações na Margem Equatorial. O diálogo é visto como fundamental para que o Amapá esteja em condições de receber investimentos no setor de petróleo e gás, com segurança jurídica e alinhamento às exigências legais.
Para o governador Clécio Luís, a visita representa uma etapa essencial no plano de modernização do Amapá — a transferência de tecnologia, conhecimento técnico e a atração de empresas especializadas são consideradas peças-chave para o salto de competitividade. Também abre caminho para que o estado atue de modo estratégico no cenário nacional da energia, beneficiando-se da sinergia entre os setores portuário e energético. A partir dessas experiências e interlocuções, o Amapá projeta estruturar um ecossistema capaz de receber as demandas de um futuro energético diversificado e tecnológico.
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