A educação municipal de Porto Grande recebeu na última semana um reforço prático para garantir mais acesso e qualidade no ensino. A Prefeitura firmou um Acordo de Cooperação com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) para que o prédio da Escola Estadual KM 132 seja compartilhado com a Escola Municipal KM 138. Essa parceria faz parte do Regime de Colaboração Colabora Amapá Educação, uma política estadual que articula ações entre Estado e municípios para melhorar índices educacionais, gestão e infraestrutura das escolas.
A Escola Estadual KM 132 está localizada na zona rural de Porto Grande, na Rodovia Perimetral Norte KM 132. Ela atua no ensino fundamental, nos anos iniciais, atendendo alunos de comunidades rurais. Dados públicos apontam que essa escola tem estrutura básica, tais como fornecimento de água, saneamento, iluminação e alimentação escolar, mas carece de ampla infraestrutura tecnológica, como laboratórios ou quadras de esporte cobertas. O rendimento escolar, avaliado em indicadores como Ideb, é compatível com os desafios típicos de escolas rurais no interior do Amapá, o que torna ainda mais oportuno o investimento coletivo em recursos e em gestão.
Com o acordo, o prédio da KM 132 passará a sediar também a Escola Municipal KM 138, o que permite otimizar o uso das instalações já existentes, reduzir custos, e atender a um número maior de alunos com menor despesa adicional de estrutura. A expectativa é que estudantes da rede municipal tenham acesso a espaços já equipados e mantidos, enquanto o município reforça presença e atuação no campo da educação rural.
O programa Colabora Amapá Educação, que apoia essa iniciativa, trabalha fundamentalmente em dois eixos: administrativo e pedagógico. No primeiro, busca-se melhorar a gestão, compartilhar recursos, garantir transporte, infraestrutura, alimentação escolar, matrícula e outros serviços. No segundo, o foco está em elevar a aprendizagem por meio de metodologias adaptadas, capacitação de professores, acompanhamento de desempenho dos alunos e metas educacionais definidas por Estado e município.
Líderes locais manifestam que o acordo reforça a importância de que educação de qualidade alcance também quem mora em áreas rurais, onde a dispersão geográfica e a dificuldade de acesso costumam aumentar desigualdades. Com o prédio compartilhado, alunos que antes podiam ter limitações de espaço ou de oferta, como falta de turmas ou de professores em determinadas disciplinas, devem ver melhoria no atendimento educacional.
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