O cuidado de Deus nos últimos dias
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“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões” (Joel 2.28).
Algo que me marcou muito esses dias foi a revelação do evangelho trazida pelo bispo Luciano Nascimento de que o Espírito Santo foi derramado sobre toda a carne. Achava que isto só acontecia quando alguém se convertia ao evangelho de Cristo, por meio da fé na palavra.
Foi tão impactante me dar conta disso que, imediatamente, lembrei do que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo:
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Timóteo 3.1-5).
É claro que tudo isso já ocorria no passado, mas, acredito que, não com a intensidade dos dias de hoje.
Para conseguirmos conviver com tanta atrocidade e suportar os dias difíceis, os tempos trabalhosos, o Espírito Consolador prometido por Jesus na sua partida, se faz presente na vida daqueles que se inclinam para Deus.
A inclinação da carne
Falando nisso, agora compreendo mais profundamente quando o apóstolo Paulo escreveu aos Romanos dizendo:
“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Romanos 8.5-6).
Por esse escrito, entendo mais ainda o porquê da maldade do mundo: a inclinação da carne. Como Jesus bem descreveu:
“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida” (João 6.63).
Pois é. A carne. Sempre ela para fazer a separação entre nós e Jesus. O próprio Deus - Cristo - quando se fez carne viu o que tem dentro do homem, daí - penso eu - o motivo de tal declaração de que ela para nada aproveita.
Vejamos ainda o que o apóstolo Paulo falou a respeito dela aos Gálatas:
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gálatas 5.19-21).
Quantos de nós já não nos encontramos em alguma dessas situações descritas acima e percebemos o quanto fomos envolvidos. Mas, e, depois? O que aconteceu após o momentâneo prazer de “pagar com a mesma moeda”? - para citar só um exemplo.
Agora vejamos o que acontece quando nos inclinamos para as coisas do Espírito:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22).
Eis aí a recompensa dos que buscam conhecer Jesus, o amor que excede todo entendimento.
A inclinação do Espírito
Com a promessa - cumprida no Dia de Pentecostes - de derramar do seu Espírito sobre toda a carne, vejo a suprema misericórdia de Cristo e o seu cuidado com aqueles que creem e hão de crer nas suas palavras.
É nítido como ele cuida de todos os detalhes - quando o permitimos que faça parte da nossa vida - e como a sua bondade e misericórdia nos seguem todos os dias (Salmo 23.6).
Está explicado, então, porque os que se inclinam para o Deus verdadeiro - Jesus Cristo - conseguem acreditar na promessa da vida eterna e compreender aquilo que se discerne espiritualmente.
Primeiro porque, “ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Coríntios 12.3), pois até a nossa capacidade de pensar alguma coisa vem de Deus (2 Coríntios 3.5).
Segundo, Deus revela, pelo seu Espírito, o que preparou aos que o amam: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem (1 Coríntios 2.9-10).
Terceiro, “nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1 Coríntios 2.12). O que nos é dado gratuitamente por Deus? A vida eterna (Romanos 6.23).
Agora vejamos a necessidade de convidar o Consolador para fazer morada em nós:
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2.14).
É somente pelo Espírito Santo que conseguiremos nos apegar a Deus com amor, receber abundância de dias - a saber, a vida eterna - e conhecer a sua salvação (Salmo 91.14-16).
Por tudo isso é que o meu coração se enche de gratidão por tanto amor imerecido e que me faz querer viver por suas palavras mesmo com as forças acabando, sabendo que não foi com coisas corruptíveis que fui resgatada da minha vã maneira de viver, mas com o próprio sangue de Jesus derramado naquela rude cruz (1 Pedro 1.18).
É o que me faz querer ir cada vez mais fundo, como num caudaloso rio, e mergulhar nas águas do Espírito saciando a sede da minha alma sedenta pela maravilhosa presença do Pai.
É o que também me faz compreender os versos apaixonados escritos e cantados para a glória de Cristo Jesus.
♫ Vou mergulhar nas águas do Espírito / Quero beber dos Teus rios e saciar a sede da minha alma / Quero ir mais fundo, Senhor / Deixa Teu rio me levar ♪
O texto acima expressa a visão de quem o escreveu, não necessariamente a de nosso portal.
Créditos (Imagem de capa): ARQUIVO DE REPRODUÇÃO
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