O prefeito Toinho Garimpeiro recebeu, nesta quarta-feira, 24 de setembro, representantes do Banco do Brasil em Calçoene para reivindicar a instalação de uma agência ou, ao menos, de terminais de autoatendimento. A pauta responde a uma demanda antiga de moradores e pequenos empreendedores, que hoje dependem de longos deslocamentos ou de janelas restritas de atendimento para sacar benefícios, pagar contas e movimentar o negócio.
Com pouco mais de dez mil habitantes e a cerca de 370 quilômetros de Macapá, Calçoene convive com os impactos de uma rede bancária limitada: filas em dias de pagamento, viagens para resolver operações simples e custos adicionais para quem precisa de dinheiro em espécie. A ampliação do atendimento é vista pela prefeitura como medida de inclusão financeira e de estímulo à economia local.
No encontro, a gestão municipal apresentou cenários para implantação de caixas eletrônicos em pontos estratégicos do centro e nas proximidades de serviços públicos, com prioridade para áreas de maior fluxo e vigilância. Também foram discutidos espaços para receber um posto de atendimento avançado, caso a abertura de agência demore mais, além de reforço a correspondentes bancários já existentes.
A prefeitura defendeu que a presença física do banco melhora a circulação de renda, reduz a evasão de compras para outras cidades e dá suporte a políticas públicas, como crédito rural, microcrédito e pagamento a fornecedores. Para comerciantes, a medida significa menos custos com transporte de valores e mais previsibilidade nas vendas.
Os representantes do banco indicaram etapas técnicas para avaliação: estudo de demanda, conectividade, logística de abastecimento, segurança e integração com correspondentes. O município se prontificou a auxiliar com infraestrutura urbana, cessão de espaços e articulação com a polícia para o plano de segurança.
Enquanto a solução definitiva não vem, a administração busca ampliar o uso de canais digitais e organizar mutirões de orientação financeira nas escolas e nos bairros, especialmente para beneficiários de programas sociais e idosos. A ideia é reduzir a dependência de dinheiro vivo sem abrir mão da necessidade de um ponto presencial.
Toinho Garimpeiro ressaltou que a negociação seguirá em caráter permanente até que a cidade tenha um atendimento à altura de suas necessidades. Segundo ele, garantir agência ou terminais é passo fundamental para destravar pequenos investimentos, dar agilidade ao comércio e facilitar a vida de quem depende de serviços bancários no dia a dia.
Com a tratativa iniciada e um cronograma de estudos em montagem, a expectativa é que o banco apresente, nas próximas semanas, o desenho mais viável para Calçoene. A prefeitura afirma que manterá a população informada sobre cada avanço e seguirá cobrando celeridade para que o acesso aos serviços financeiros deixe de ser um obstáculo e se torne um aliado do desenvolvimento local.
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