A prefeita Paulinha Santos e vereadores de Serra do Navio receberam na tarde de sexta-feira os representantes da empresa Amapá Minerals, que vai assumir definitivamente as operações de extração de ouro em Pedra Branca do Amapari. O encontro contou também com a presença do prefeito Marcelo Pantoja e marcou o anúncio formal da transição para a nova gestão mineradora.
Segundo os participantes, a Amapá Minerals sucederá a operação anterior, cujas atividades vinham sendo discutidas desde que a Mina Tucano encerrou sua produção comercial. A expectativa é que a nova empresa ponha a mina novamente em funcionamento no médio prazo, observando os requisitos legais, ambientais e os acordos trabalhistas pendentes. O município, que enfrentou dificuldades com a paralisação das atividades, aposta na retomada para gerar emprego, renda e impulsionar a arrecadação local por meio de tributos e royalties.
Serra e Pedra Branca têm uma história marcada pela mineração do ouro, com períodos de forte produção e também paralisações. Recentemente, empresas estrangeiras haviam manifestado interesse em reativar a Mina Tucano, paralisada desde o final do último grande ciclo operacional, especialmente devido a dificuldades financeiras, obrigações judiciais e demandas regulatórias. A operação com nova administração exigirá atualização ou obtenção de licenças ambientais, revisões nas formas de exploração para atender às exigências estaduais e federais, e um relacionamento estreito com os órgãos de controle, bem como com as comunidades próximas.
Durante a reunião, foram debatidas as metas de produção, os prazos previstos para reativação, e os compromissos socioambientais que deverão acompanhar o empreendimento. A população local espera que a empresa invista também em infraestrutura, como transporte, energia elétrica, acesso encadeado de serviços públicos, e que haja políticas claras de compensação para comunidades impactadas. O diálogo entre Amapá Minerals e o poder público municipal deverá definir mecanismos de transparência, contratação local e cumprimento de normativas ambientais.
O panorama para a economia regional com a retomada mineradora é promissor. Pedra Branca do Amapari possui grande potencial mineral, e a atividade de extração já contribuiu historicamente com empregos diretos e indiretos, além de movimentar comércio e prestação de serviços. Com a volta da operação, há expectativa de ampliação de arrecadação via impostos e de retorno de investimentos públicos que dependem desses recursos.
Autoridades reforçaram que, embora a aprovação da nova empresa seja motivo de otimismo, a execução do projeto ainda dependerá de visitas técnicas, auditorias ambientais, recuperação de áreas degradadas, adequação dos processos de mineração ao marco regulatório vigente e ao licenciamento exigido. A administração municipal declarou que seguirá acompanhando cada passo para garantir que a retomada das atividades ocorra com responsabilidade, sustentabilidade e benefícios reais para a população local.
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