O ESPAÇO CULTURAL SUPERNOVA E A EXPERIMENTAÇÃO CONSTANTE
A Cia. Supernova atua há 16 anos no estado do Amapá, nascendo no dia 18 de abril de 2005, a partir de um grupo de estudos do Oficinão promovido pelo SESC- AP, com foco na dramaturgia contemporânea das Artes Cênicas e o trabalho do ator, coordenado pela Diretora Teatral Zeniude Pereira. Como resultado deste estudo criou-se o espetáculo “Esperando Godot”, de Samuel Beckett que estreou no Porão do Teatro das Bacabeiras. O trabalho da Cia.Supernova Teatro Experimental tem dentro de seus objetivos fortalecer os princípios de democratização da cultura, entendidos como geração de igualdade de oportunidades, fortalecimento da sociedade civil e descentralização cultural, além de promover o intercâmbio entre objeto artístico e comunidade em geral, facilitando o acesso ao produto artístico, que dialoga com a contemporaneidade, revelando traços na cultura não reedificada. Através de ações que buscam oportunizar os indivíduos que ainda não conhecem a arte, aproximando o espetáculo da população, a Companhia acredita numa sociedade capaz de se estabelecer enquanto grupos sociais fortes, que dinamizam a cultura e a convivência de uma nação.
Toda essa experiência fez nascer a vontade de construir um espaço de criação constante e de encontro. Sabemos que um espaço nasce por necessidade. Mas depois, ele vira REVOLUÇÃO, espaço de sonho, de criação, de potência, de construção e faz nascer espetáculos, produtos, trocas, vivências e se torna RESISTÊNCIA. Assim é o espaço Supernova: um lugar de CULTURA E ARTES sediado na zona norte de Macapá, que surgiu em 2012, passando por três anos e meio de construção, inaugurado em junho de 2016.
Antes, o espaço era chamado de Ateliê Supernova, mas em 2021 o grupo ganhou o prêmio Coletivo da Secretaria de Estado da Cultura em um edital da Lei Aldir Blanc, e decidiu reformar o espaço e dar a ele um novo formato. Nessa reformulação, passaram a chamar de ESPAÇO CULTURAL SUPERNOVA.
É muito além de um espaço físico, é um espaço de sonhos, de trabalhadores da cultura, é um instrumento de formação, de criação, de evolução, de ações artísticas e culturais, e um espaço social de transformação de artistas, agentes culturais, e da população em geral, e principalmente da comunidade do entorno de onde residimos. O espaço fisicamente é localizado na zona norte da cidade de Macapá, no bairro Infraero I, na Travessa Bandeirantes, nº 388. Com área de acolhimento, jardim suspenso, espaço de atendimentos, escritório, biblioteca Zeniude Pereira, espaço cultural para realizações de rodas de bate papo, apresentações de espetáculos culturais, e espaço de figurinos, adereços. As paredes do espaço ganharam vida com formato de mini museu, destinado a história da companhia Supernova, por seus 16 anos de atividades continuadas.
O espaço é, então, um veículo interação e comunicação da companhia com a população. E mais que isso, uma resistência artística na zona norte da cidade de Macapá.
As atividade e ações realizadas no espaço são: oficinas, rodas de conversas, debates, plenárias, ações culturais, ações educativas, ações sociais, ações formativas, políticas, apresentação de espetáculos culturais, espaço de leitura, biblioteca para pesquisa e cine-clube.
Os trabalhadores/componentes que atuam no espaço cultural Supernova são:
Atores: Hayam Chandra, Jhimmy Feiches, Sabrina Bentes, Márcia Fonseca , Maria Rosa, Valdir Ribeiro, Fernanda Amaral, Ana Luz, Cecília Zahlouth.
Direção, produção e iluminação: Marina Beckman
Direção de Arte: Paulo Rocha e Nathan Zahlouth
Produção: Rúbia Carla
Assessoria de Comunicação: Adryany Magalhães
Desing: Xion Algore
Assistentes de produção: Bruna Elis, Ilma Pereira e Deusa Pereira
Colaboração nessa edição da coluna: Marina Beckman.
As fotografias são do acervo pessoal do espaço e foram gentilmente cedidas para essa edição da coluna.
Créditos (Imagem de capa): DA COLUNISTA
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