GISA BRAZ E PATRÍCIA ROMANO: um encontro de mães e artesãs na Escola Estadual Mário Quirino da Silva
Por Carla Nobre
Hoje quero apresentar a vocês duas mulheres que estão ao meu lado no cotidiano: Patrícia Romano e Gisa Braz seguindo essa temática do mês das mães e também das trabalhadoras.
PATRICIA ROMANO iniciou sua carreira em 2013, ao comprar por curiosidade uma revista de artesanato em E.V.A. e em suas palavras: “Tive o interesse em criar a primeira peça da chamada arte em E.V.A 3d. Foi então criada, seguindo os moldes da revista, uma bonequinha para presentear minha professora do curso de Francês, que recebeu o agrado com muita emoção e rendeu vários elogios.” Assim, o interesse em criar mais peças foi aumentando, e de início os moldes de revistas eram um suporte necessário, mas com o tempo fui deixando de lado. A vontade de criar livremente, errando, acertando, desmontando e montando novamente os trabalhos davam mais originalidade às suas criações, e um tom de autoria mais forte também.
Até por volta de 2015 as produções estavam limitadas a encomendas feitas por amigos e pessoas próximas, que ao verem os trabalhos em E.V.A 3d ficavam curiosos e encantados com arte que então era novidade. Mas em 2016 a proporção do reconhecimento aumentou, e começaram a surgir convites para Feiras de Artesanatos, que ocorreram em vários locais de Macapá.
Em 2017 PATRICIA ROMANO se cadastrou na SETE (Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo) e retirou sua Carteira Estadual de Artesã. Além disto, PATRICIA é professora e alia à prática da sala de aula na Escola Estadual Mário Quirino da Silva a incorporação do artesanato em E.V.A, através de oficinas criativas (como a oficina Pretinhas nas Garrafas durante os Projetos alusivos ao Dia da Consciência Negra). Atualmente ela faz parte do grupo “Mulheres que Fazem”, e semanalmente montam uma escala para expor e comercializar artesanatos e manualidades no Mercado Central.
GISA BRAZ tem formação em pedagogia e gestão de pessoas. Ela é professora e atualmente também é diretora da Escola Mário Quirino da Silva. Lá, além da gestão de pessoas, Gisa desenvolve um trabalho voltado para a arte que mais ama: o artesanato. Assim, levou para a escola seu projeto “Sala das Marias”, que oportuniza oficinas de costura e artesanato com foco na geração de renda através da qualificação profissional para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Sobre sua experiência no artesanato, ela explica: “Comecei a fazer artesanato, de forma mais profissional, em 2019, durante a pandemia. Essa vontade vem se fortalecendo desde que sofri uma relação abusiva, que, por pouco, não ceifou minha vida! Comecei a trabalhar com comunidade em geral, projetos voltados para mulheres vítimas de violência doméstica e idosas. Trabalhamos com gesso, bonecas de pano, corte costura, bancos de pneu, puffs de pneu, camas de paletes, tapetes de pedaços de pano, curso de culinária, automaquiagem e auto defesa. Por isso, reconheço que minhas peças se inspiram na fortaleza das mulheres”.
As fotografias são do acervo pessoal das artistas e foram gentilmente cedidas para essa edição da coluna. A peça da moça solitária é de Gisa Braz.
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