Bem vindos ao admirável novo mundo novo.
Loja autônoma do Carrefour no co-working CoW, no Brooklin, em São Paulo (foto: divulgação/Carrefour)
Antonio C. Alkmim
Carrefour instala as primeiras 2 lojas/supermercado no Brasil, em São Paulo, que dispensam humanos. Não é exatamente uma novidade, pois as lojas Amazon Go já introduziram a experiência nos Estados Unidos. A novidade é que a nova revolução industrial/tecnológica 4.1 está aí na esquina, chegando aos trópicos. A notícia foi publicada no Estadão em março.
Segurança do Carrefour não vai mais matar negro. E negro com antecedentes criminais não vai chegar nem perto do supermercado. Controle facial, digital, por celular, cartão, chip, impedirão a sua entrada e aproximação. George Floyd e João Alberto nunca mais. Black lives go home.
Direitos humanos sem humanos. O controle social e a segurança pública tornam Hobbes, Focault ou Heyek literaturas infantis. É melhor começar por Marx.
Pensa daqui há cinco anos, pois o processo está apenas em curso, mesmo nos países mais desenvolvidos. Em todos os setores, desde a agricultura (por aqui, o agropop) até atividades mais especializadas, como a medicina, passando pelos transportes e, é claro, sistema financeiro.
O impacto sobre o terceiro setor da economia por aqui é previsível. Desigualdade extrema, extermínio das populações pobres e miseráveis, subtrabalho precário. Nova composição da classe média. Lazer virtual otimizado a baixo custo.
Bem vindos à versão repaginada 4.1. Quarta revolução industrial, segunda temporada.
Taylorismo, Fordismo, Toyotismo, e agora amazonismo ou o nome que a academia inventar.
É o capitalismo, neguinho. O velho e o novo capitalismo.
Antonio C. Alkmim, versão 0.1. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1986). Mestre em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1992). Doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1997). Pós doutor em Planejamento Urbano pelo Instituto de Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2018) Tem curso de Metodologia Quantitativa pela Universidade de Michigan (1993). Pesquisador sênior aposentado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE (ingressou em 1980) professor de graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(ingressou em 1998). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em teoria política, metodologia, pesquisa social e geoprocessamento. Tem experiência gerencial acumulada na área de indicadores sociais e municipais. (Texto informado pelo autor)
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