COLUNA OPINIÃO CULTURAL
Por Carla Nobre
A DANÇA DE MERY BARAKÁ
Ela dança com o corpo e a alma. Suas mãos brilham, seu olhar encanta e seus cabelos são pura alegria na sua dança. Eu me apaixono por ela todas as vezes que a vejo dançar e sempre me pergunto, já que sou ruim na área, como pode alguém fazer isso com tanta leveza e encantamento?
A produtora Andreia Lopes afirma que ela é uma mulher negra de matriz africana ativista das causas feminista e negras, fundadora da UNA e atua na difusão da dança afro, participando de eventos e encantando com sua dança. Sempre esteve à frente do seu tempo mostrando a força da mulher negra.
Mery Amaral, conhecida como Mery Baraká, é filha de Clarice Ramos da Costa e Laudomiro Raimundo Amaral (In memorium). Ela tem 43 anos e é filha legítima da terra do marabaixo e do batuque, moradora do Bairro Negro Laguinho.
Mery Barakà, Mery Baraká é graduada em Licenciatura em Educação Física; Pós -Graduada em Educação Física Escolar; Pós - Graduada em Musculação e Nutrição aplicada a Melhor idade. Atualmente é Professora Substituta de Educação Física na Escola Estadual Alberto Santos Dumont/ Elesbão - zona rural Santana. Ela também é militante cultural, educadora social, dançadeira de marabaixo e integra os grupos: Movimento Cultural Ancestrais, Cia. De Dança Afro Baraká (onde além de dançadeira popular, é também coreógrafa). Ela colabora com o Projeto Marabaixo e Batuque no fazer Pedagógico, coordenado pela arte educadora Laura do Marabaixo. Mery Barakà também coordena e é facilitadora do Projeto - Um Olhar Negro: repensando a estética negra no estado do Amapá.
Mery se descobriu Marabaixeira dentro da Cia. de dança Afro Barakà, fundada pelas professoras Ozelina Tavares e Piedade Videira. Ela tinha apenas 21 anos de idade. Depois foi fazer parte do grupo de marabaixo Raimundo Ladislau, presidido pela Laura do Marabaixo. Na família, só teve contato com uma Tia que dançava e cantava (era a irmã do Pai), chamada Tia Cândida (In memorian).
Mery Baraká participou de diversos eventos no Amapá, em outros estados brasileiros e em Cayena, capital das Guyana Francesa.
As fotografias são compõe o acervo pessoal da artista e foram gentilmente cedidas para essa edição da coluna.
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