O vereador Tárcio Leite, de Porto Grande, tem levado ao governo do Estado uma série de reivindicações que apontam para avanços na qualidade da educação local. Em encontro recente com a secretária estadual da Educação, Sandra Casimiro, ele apresentou quatro propostas centrais: a ampliação do curso preparatório para o ENEM (Central do ENEM), reformas nas escolas Maria Cristina e Elias de Freitas Trajano de Souza, construção de uma nova escola no distrito de Cupixi, chamada Florença Torres, criação de grêmios estudantis para promover participação dos alunos e implementação de atendimento itinerante com psicólogos nas escolas, voltado a atender alunos e profissionais.
A secretária Sandra Casimiro, que foi empossada em janeiro de 2023, é pedagoga e especialista em planejamento e avaliação de políticas públicas. Ela acumulou experiência como secretária municipal de Educação, subsecretária e coordenadora do Plano Municipal de Educação em Macapá, o que tem permitido visibilidade estadual para demandas municipais. Sua gestão tem sido marcada por expansão de matrícula, recuperação de perdas ocasionadas pela pandemia e priorização de inovações na rede pública. Ela também representa o Amapá em instâncias nacionais, como vice-presidência do Conselho Nacional de Secretários de Educação, reforçando o protagonismo do Estado na formulação das políticas educacionais.
Das escolas mencionadas, Maria Cristina Botelho Rodrigues está localizada no centro de Porto Grande, atende alunos do ensino fundamental e médio, inclusive modalidades supletivas, e dispõe de estrutura de refeitório, biblioteca, quadra coberta, laboratório de informática e atendimento acessível para alunos com necessidades especiais. Escola estadual Elias de Freitas Trajano de Souza fica no bairro Aeroporto e também oferece ensino médio, sendo parte da oferta estadual em Porto Grande. A escola Florença Torres de Araujo, no distrito de Cupixi, representa uma demanda para expansão de atendimento no interior.
A Central do ENEM, curso preparatório voltado para estudantes que enfrentam o exame nacional, é vista como instrumento essencial para elevar notas, ampliar acesso ao ensino superior e reduzir desigualdades educacionais, sobretudo em municípios com oferta limitada. A proposta de atendimento itinerante com psicólogos atende a uma necessidade crescente de cuidado com o bem-estar emocional dos alunos, que tem impacto sobre rendimento, permanência escolar e convívio no ambiente educativo.
O pleito por grêmios estudantis também aponta para um estímulo democrático dentro das escolas: esses espaços permitem que estudantes expressem suas necessidades, participem de decisões e desenvolvam liderança e cidadania. Na argumentação de Tárcio Leite, tais instrumentos colaboram para uma educação mais ampla, que vá além do conteúdo programático, integrando saúde, participação e acolhimento.
A proposta de reforma e construção combina com a atuação atual do Estado, que tem investido em manutenção escolar, requalificação de unidades e programas voltados para inovação pedagógica. O diálogo entre município e Estado sinaliza uma direção em que políticas educacionais horizontais, com escuta das escolas, estudantes e professores, podem gerar resultados visíveis em Porto Grande. O desafio, agora, será transformar essas reivindicações em cronograma, recursos e execução, para que o efeito esperado — mais qualidade, inclusão e equidade — se torne realidade.
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