Macapá se vestiu de festa nesta terça-feira, 4, para celebrar a 60ª edição de A Banda, o maior bloco de rua da Amazônia, que transformou a cidade em um verdadeiro carnaval de cores, ritmos e alegrias. No coração dessa festa, mais de 200 mil foliões, acompanhados dos tradicionais bonecos gigantes, que trazem traços marcantes da história do Amapá, celebraram a essência do bloco que há seis décadas une o povo de Macapá e de outras localidades. Entre os participantes, o governador Clécio Luís foi um dos principais destaques, caminhando com os foliões pelas ruas da cidade e destacando a importância do evento para a cultura local e para a população.
"A Banda é a maior expressão popular do carnaval amapaense. Embora tenha organização e seja uma instituição, o carnaval é do povo, que toma conta da festa. Essa é sua grande vantagem: é um evento democrático, onde todos podem participar. Além do papel cultural, neste ano foi também uma Banda de paz, e isso é o que queremos sempre em todos os anos", declarou o governador Clécio Luís, reforçando o espírito inclusivo e a relevância do evento para a manutenção das tradições culturais do estado. Para o governador, A Banda não é apenas uma festa, mas uma verdadeira manifestação de união e pertencimento, que leva a alegria para as ruas e destaca a diversidade da cultura local.
A edição deste ano de A Banda foi especialmente simbólica, já que foi a primeira após a morte de José Figueiredo de Souza, o Savino, idealizador do bloco e um dos maiores nomes do carnaval de rua do Amapá. Savino faleceu em 2024, mas seu legado continua vivo na tradição do bloco, que, em sua homenagem, ganhou um novo boneco gigante, carregando as características de sua imagem e simbolizando a memória de um dos maiores incentivadores do carnaval de rua na Amazônia. "Ele [Savino] merece toda a nossa reverência pelo que fez com a banda, junto com os precursores. O bloco começou em um momento em que Macapá era muito pequena, e jovens se reuniam para criar um tipo de carnaval, inventando o bloco de sujos, que até hoje é considerado o maior bloco de sujos da Amazônia inteira. Então, Viva 60 anos da Banda, 60 anos de Savino", afirmou o governador Clécio Luís, emocionado pela importância de manter viva a memória de Savino e de todos os pioneiros que tornaram A Banda um dos maiores símbolos de resistência cultural do Amapá.
O percurso de A Banda teve início na Praça Veiga Cabral, no Centro de Macapá, e seguiu até a Avenida Ernestino Borges, no bairro do Laguinho. Ao longo do trajeto, o ritmo das marchinhas carnavalescas, as fantasias coloridas e os abadás deram o tom da festa, contagiando os foliões que não pouparam energia para acompanhar os trios elétricos e os bonecos gigantes. Juntamente com o governador, estavam os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, que também participaram ativamente da comemoração. Ambos destacaram a importância de A Banda como um evento que não só preserva a cultura local, mas também promove a união da população em um ambiente festivo e pacífico.
Além da presença dos políticos locais, a festa contou com a participação do ministro da Integração Nacional Waldez Goés, que também fez questão de reforçar a importância do apoio institucional para que a festa acontecesse com todo o brilho que a tradição exige. "A Banda é mais que uma festa, é um símbolo de união e de resistência cultural do povo do Amapá. É um momento único em que as autoridades e a população se unem em torno da cultura, da paz e da alegria", disse o ministro Waldez Goés. A presença do ministro e dos senadores fortaleceu ainda mais o sentimento de pertencimento e a valorização da cultura local, além de reforçar a parceria entre o governo estadual e as lideranças políticas para garantir o sucesso do evento.
A programação do bloco é organizada pela Associação de Brincantes e Simpatizantes do Bloco de Sujos, com o apoio fundamental do Governo do Amapá, dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e das autoridades políticas locais. A edição de 2025 não só celebrou os 60 anos de história do bloco, mas também prestou uma emocionante homenagem a Savino, que, mesmo não estando presente fisicamente, continuou sendo uma figura central no espírito do evento. Para os organizadores, a presença dessas autoridades foi fundamental para ressaltar a importância de se preservar as tradições carnavalescas e para garantir que o evento fosse um verdadeiro marco na história do carnaval de rua do Amapá.
Segurança e Planejamento Operacional: Garantindo a Festa de Todos
A realização de uma festa tão grandiosa requer um planejamento detalhado e eficiente. Para garantir a segurança dos foliões e o bom andamento do evento, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), implementou um robusto esquema de segurança com a mobilização de mais de 470 agentes de segurança. Esse planejamento teve como objetivo proporcionar um ambiente seguro e controlado para os cerca de 200 mil foliões que acompanharam o trajeto da festa.
O Corpo de Bombeiros do Amapá (CBM-AP) também desempenhou um papel fundamental na segurança, realizando vistorias técnicas nos trios elétricos para assegurar que todos os equipamentos estivessem em conformidade com as normas de segurança, prevenindo acidentes e garantindo que a diversão fosse sem incidentes. A atenção aos detalhes operacionais e à segurança dos participantes contribuiu para que A Banda fosse mais uma vez uma festa tranquila e de paz, onde a alegria de todos foi o principal destaque.
Com essas medidas, o evento reafirmou seu papel como o maior bloco de rua da Amazônia, atraindo turistas e foliões de diversas partes do Brasil e até do exterior. O sucesso da 60ª edição de A Banda não apenas celebra a história do bloco, mas também marca um novo capítulo em sua trajetória, com o legado de Savino presente em cada fantasia, cada marchinha e cada sorriso dos foliões. A Banda é, sem dúvida, um evento que se consagra como patrimônio cultural imaterial do Amapá e um exemplo de como a tradição e a inovação podem caminhar juntas, garantindo a perpetuação das festas populares na Amazônia.
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